Standards
Nesta secção apresentamos os standards diretamente relacionados com a Arquitetura de Referência aqui presente. O TOGAF e o ArchiMate são referências naturais, embora com uma sobreposição não pacífica em termos de conceitos.
TOGAF
O The Open Group Architecture Framework (TOGAF) tem diferentes elementos que referimos enquanto standard, em particular:
O Architecture Development Method (TOGAF ADM). É um standard que propomos para o desenvolvimento da Arquitetura da Solução Aplicacional que suporta os Serviços Digitais.
Os conceitos de Building Blocks. Tal como definidos no TOGAF estão na base do conceito que iremos apresentar no Metamodelo como Plataforma Comum.
De notar que nem todo o TOGAF é adotado. De facto, os conceitos expressos no Content Metamodel (TOGAF CMM) não são compatíveis com a lista de conceitos expressos nesta Arquitetura de Referência, na qual optámos por adotar os conceitos do ArchiMate.
ArchiMate
A arquitetura de referência é apresentada na notação ArchiMate 3.1, da qual usámos o menor conjunto de conceitos que permitisse expressar os aspetos arquiteturais relevantes para os objetivos da Arquitetura de Referência.
Service Oriented Architecture & MSA
A arquitetura presente adota o paradigma SOA, tal como entendido pelo OpenGroup, segundo o qual a arquitetura SOA é focada na reutilização de serviços, os quais devem:
encapsular uma função de negócio;
ser acessível por interfaces que são totalmente independentes da implementação;
serem fracamente ligados permitindo autonomia na sua execução e manutenção.
Uma alternativa ao SOA é a Arquitetura de “Micro Serviços” (), cujo objetivo é reduzir o tempo de operacionalização das correções e evoluções dos serviços. No entanto, esta redução de tempo é conseguida através da autonomia dos serviços, entenda-se a “não partilha dos serviços”, que tem como consequência a redundância funcional dos mesmos. Ver comparação entre SOA e MSA.
Aplication Program Interface
Nesta secção indicamos, apenas para referência, duas tecnologias em uso e que são também usadas na interação com as plataformas comuns: SOAP e REST.
SOAP é um protocolo para troca de informações estruturadas num ambiente descentralizado e distribuído. As APIs projetadas com SOAP usam o XML como formato de mensagem e recebem solicitações por HTTP ou SMTP. O SOAP facilita o compartilhamento de informações por aplicações, executadas em ambientes diferentes ou escritos em linguagens diferentes. Ver a especificação completa do protocolo SOAP, mais atual à data presente.
REST também se denomina de e significa uma interface de programação de aplicações (API) máquina-máquina em conformidade com as restrições de uma arquitetura REST. REST significa “Representational State Transfer" e descreve uma interface uniforme entre os componentes físicos. Habitualmente usa a internet e organiza-se numa solução cliente-servidor.
Interoperabilidade
Ao nível da interoperabilidade indicamos o conjunto de regulamentos que devem ser conhecidos e aplicados quando a arquitetura de referência for utilizada num determinado contexto:
O Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital (RNID) que define as especificações técnicas e formatos digitais, abreviadamente designados de especificações técnicas, a adotar pela Administração Pública. O RNID abrange múltiplos domínios e permite ajudar a Administração Pública em todos os processos de implementação, licenciamento ou evolução de sistemas informáticos. Em resumo, os domínios envolvidos são: formatos de dados, formatos de documentos, tecnologias de interface web, protocolos de streaming, protocolos de correio eletrónico, sistemas de informação geográfica, especificações técnicas e protocolos de comunicação em redes informáticas, especificações técnicas de segurança para redes e especificações técnicas e protocolos de integração;
A Macroestrutura Funcional (MEF) é uma representação conceptual de funções desempenhadas por organizações do setor público. Permite definir a estrutura semântica dos documentos de arquivo e a sua gestão, promove a utilização de um esquema de meta informação e promove a sua utilização nas entidades da Administração Pública;
A Meta Informação para a Interoperabilidade (MIP) promove a interoperabilidade entre organismos ao nível da utilização, gestão e acesso a recursos informativos . Segundo a definição proposta na documentação: “...a interoperabilidade equivale à capacidade de recursos de informação, sejam eles exclusivos de uma organização ou partilhados por várias organizações ao nível da responsabilidade de criação, serem reconhecidos, identificados e manipulados através de atributos que são coletivamente aceites e interpretados. A existência de um conjunto de elementos comuns a todos os recursos permite o reconhecimento imediato, mediante a observação desses elementos, da natureza e tipo de recurso existente...”. Este regulamento é recomendado pelo facto de a AR envolver interoperabilidade entre múltiplas entidades.
Segurança
Ao nível da segurança indicamos o conjunto de regulamentos que devem ser conhecidos e aplicados quando a arquitetura de referência for utilizada num determinado contexto:
Os requisitos técnicos definidos pela CNCS no âmbito da Arquitetura de Segurança das Redes e Sistemas de Informação (CNCS) apoiam as soluções a desenvolver providenciando um conjunto de requisitos que devem ser considerados na implementação do sistema de informação.
Os anteriores requisitos são subsequentemente referenciados na Resolução do Conselho de Ministros n.º 41/2018.
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